A dança da alegria

A dança da alegria - CA Ribeiro Neto

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Meu relógio estagnou

Continuando a série "Músicas a espera de Músicos', 'Meu Relógio Estagnou' nasceu com a proposta de ser uma marchinha de carnaval, mas já pensei nela como variantes para samba de roda. A letra é curtinha porque é pra ser daquelas fáceis de decorar.

Meu Relógio Estagnou


REFRÃO - O meu relógio parou
Hoje ele não conta mais
Oh, meu amor, ele estagnou
Mas também não olha pra trás


Me esforçei
Pra que o relógio do meu coração
Não parasse jamais de rodar

Mas agora que o pranto já secou
Não me fale de amor
Que falta você não me faz.

CA Ribeiro Neto
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* Grupo Literário APPLE nesse domingo!
* Tudo relax, tudo tranquilo, numa boa.
* Tem atualização no www.aondeeuestavamesmo.blogspot.com
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ESCUTANDO NO MOMENTO:O pouco que sobrou - Los Hermanos
Boa Sorte

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Perdoa, meu coração

Iniciando a nova série 'Músicas a espera de músicos', 'Perdoa, meu coração' é um samba-rock que eu até já gravei, porém, minha voz não é das mais apropriadas ao canto. Essa série terá um total de 6 letras de músicas minhas (Meu relógio estagnou; Menina danada; Aflição; Faça o favor e Quando meu coração parar). Espero que gostem.

Perdoa, meu coração


O travesseiro do meu quarto
Já não seca mais
O choro que engole

O som do meu quarto
Já não supera mais
Meu grito de dor enorme

O teto do meu quarto
Já não aguenta mais
Ser visto com seu nome

O espelho do meu quarto
Já não reflete mais
O sorriso de um homem

Eu sou seu, sou só seu (3x)
Eu sou seu,

Perdoa, me perdoa
perdoa, meu coração,
Me perdoa

Perdoa, me perdoa
Não me deixe na solidão
Me perdoa

Não me deixa assim
Não me deixa sem ti
Não me deixa insano
Amor, eu te amo tanto

Eu sou seu, Sou só seu (3x)
Eu sou seu,

Perdoa, me perdoa
perdoa, meu coração,
Me perdoa

Perdoa, me perdoa
Não me deixe na solidão
Me perdoa

(Refrão 2x)


CA Ribeiro Neto
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* Não aconselho muito, mas quem quiser ouvir a música, é só me pedir.
* Além das 6 músicas dessa série, existe outras letras minhas que não estão na série por já terem sido postadas aqui no blog, tais como Canoeiro; Pranto, um santo remédio; sempre o mesmo mar etc.
* Grupo Literário APPLE com novidades, interessados, por favor, perguntar-me.
* www.aondeeuestavamesmo.blogspot.com
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Eu apenas queria que você soubesse - Gonzaguinha
Boa Sorte

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Era para apenas rir

Finalizando a série 'Sociedade', a crônica que mais gosto de ter escrito até então. 'Era para apenas rir' nasceu de um sábado pela manhã, onde eu ainda estava pensando em meus estudos sociológicos. Assisti ao vídeo 'Os Quíntuplos de Pluto' e me inspirei. Quem quiser assistir o desenho antes ou depois de ler o texto, aqui está: http://www.youtube.com/watch?v=0bScekBVnY8
Próxima semana começo a série 'Músicas a espera de músicos' com uma lista de letras de músicas que fiz, mas como abandonei a música profissionalmente, elas ficaram inutilizadas.

Era para apenas rir


Não sei o quanto meus estudos políticos e sociológicos me fazem mal ou bem, mas as vezes acho que exagero. Dia desses, eu estava assistindo a um desenho da Disney na TV. Pluto, sua companheira e seus cinco filhotes são as personagens do desenho.

É bem verdade que o episódio foi criado em 1937, ou seja, depois da Quebra da Bolsa de Valores e antes da Segunda Guerra Mundial, mas eu vi muitas referências do que foi a destruição da ideologia do Estilo de Vida Americano, que começou no Crack da Bolsa, mas que só se configurou realmente tempos depois, no movimento de contra-cultura (hippies, feminismo, entre outros).

Vamos ao filme 'Os Quíntuplos de Pluto'.

O filme começa com os cinco filhotes dormindo e os pais em momento de afeto. Quando passa um senhor com lingüiças à mostra. Então que, depois de uma pequena confusão, a cadela, autoritariamente, manda que seu “marido” fique em casa, cuidando das “crianças” enquanto ela iria atrás da comida.

Percebe-se aí, dois pontos importantes. O primeiro seria o autoritarismo da mulher, que até então não existia, e o segundo, a saída da mulher para sustentar a casa. Quebrando então, as bases da família patriarcal.

Daí, que o pai fica em casa para cuidar, desastrosamente, das crianças. A pouca desenvoltura, juntamente com a falta da devida atenção, faz com que as crianças consigam fugir e começam a seguir uma minhoca – aí vejo, pelo menos em minha mente, uma referência à cobra da história de Adão e Eva, que não faz diretamente os primeiros humanos errarem, mas leva eles para tal caminho – e assim, a minhoca guia-os para um caminho que os leva à escuridão – existe algo mais escuro do que porão? Pois é lá que eles entram!

Lá dentro, eles se deparam com uma mangueira – bem maior do que uma minhoca, mas que age como uma cobra também – que exala algum tipo de gás. A mangueira apavora os filhotes e, passando perto de algumas tintas e outros objetos, acaba pintando cada um de cores e de formas diferentes.

Veja que, no Estilo de Vida Americano tudo era meio que padronizado. E os jovens não tinham muitas opções de escolhas e acabavam por ser todos parecidos, na forma de pensar e de agir. Com essa ideologia derrubada...

Voltando ao desenho, o pai, escutando o barulho vindo do porão, corre para salvar os filhos, mas se mete em muitas confusões até cair embaixo de uma garrafa de bebida alcoólica que derrama caprichosamente seu conteúdo na boca de Pluto. Vale lembrar que ele também se sujou com a tinta, não completamente como os filhos, mas em partes consideráveis e de várias cores diferentes.

Quando a mãe volta para a casa com o fruto do seu trabalho, encontra seus filhos diferentes do que eram e o marido alcoolizado. Ela repudia-os, evita a aproximação deles e expulsa-os de casa. Nada mais igual do que as mães que passam o dia fora de casa trabalhando, não sabe da vida e da rotina dos filhos e desentendem-se e divorciam-se do marido.

Acabando o filme assim, deixo claro que não quero dizer que o autor do roteiro desse desenho estava querendo passar alguma mensagem, ou que ele profetizou em alguns momentos. Realmente cogito a hipótese de ser apenas uma coincidência. O fato é que ele, talvez sem querer, talvez inconscientemente, talvez propositalmente, descreveu características da sociedade em que ele vivia, e mais, acabou acertando elementos da sociedade futura.

Hoje, pensando naquele dia, percebo que fiquei com uma ótima idéia na cabeça e nenhum sorriso no rosto.


CA Ribeiro Neto
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* Agora Professor de português, história, geografia e redação na Escola Vila (preparatório para o IFCE - antigo CEFET-Ce).
* Fora isso, tudo em sua normalidade.
* www.aondeeuestavamesmo.blogspot.com foi atualizado, por favor, leiam o maravilhoso texto de Fau Ferreira.
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Quintais, O meu aboio - Gonzaguinha
Boa Sorte

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Agentes na passiva

Agora mostrando meus dois xodós, primeiro vem 'Agentes na Passiva' como Paulo Henrique previu. Essa crônica é fruto de meus estudos de português na Casa de Cultura Portuguesa da UFC sobre voz ativa e passiva. Depois de uma reflexão sobre o que é ser ativo e passivo na sociedade, ela veio. Próxima semana encerro a série 'Sociedade' com meu outro xodó, que acho que meus leitores mais assíduos (Hermes Veras, Paulo Henrique) não devem lembrar qual é!


Agentes na passiva



Os impostos são pagos pela gente. Os políticos são eleitos pela gente. Os deveres são exercidos pela gente. Mas nossos direitos não são utilizados pela gente. E isso deveria ser mudado pela gente. Mas a gente não tem voz. A gente mal age. Somos agentes na passiva.

Os preconceitos são alimentados pela gente. As chacotas são ridas, e propagadas, pela gente. As corrupções são compactuadas pela gente. Do mesmo modo que as filas são furadas pela gente. As cervejas dos guardas são pagas pela gente. As más educações são proferidas pela gente. Os assentos aos idosos não são oferecidos pela gente. As crianças e os velhinhos não são respeitados pela gente. As crianças não são educadas pela gente. As pobrezinhas são presas pela gente. Pânico e stresse são passados a elas pela gente. Elas não são escutadas pela gente. Nossas crianças estão sendo excluídas da sociedade pela gente.

Os problemas ao nosso redor não são reclamados pela gente. Grupos organizados não são formados pela gente. Setores da sociedade não são mobilizados pela gente. Líderes não são acompanhados pela gente. Assim como organizações populares não são lideradas pela gente. A gente se omite. A gente aceita tudo. A gente não grita. Somos agentes na passiva.


CA Ribeiro Neto
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* Fim das férias, amanha recomeça a batalha!!!
* Tou louco para voltar a estudar!!!
* Férias mais que especiais...
* Grupo Literário quase definindo seu horário e local.
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Azul da cor do mar - Ed Motta
Boa Sorte