A dança da alegria

A dança da alegria - CA Ribeiro Neto

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Naquele Instante

Começando mais uma série, inicio a 'Últimas poesias', que não significa que estou encerrando meu trabalho poético, mas justamente o contrário. Na verdade, eu passei um bom tempo sem escrever poesias, por não me sentir apto mesmo, mas agora voltei, ainda timidamente. O título da série, além de ser uma ironia em relação a esse tempo que parei, mas que agora retomo às poesias, também significa que foram as últimas poesias feitas até então, não necessariamente as últimas eternamente. A poesia 'Naquele Instante' é livremente inspirado numa história que uma amiga, já senhora, me contou. Também completam essa série: 'Um pôr do sol' e 'Versos perdidos'.


NAQUELE INSTANTE

Sentiu sua pele
Como nunca fizera antes.
Clara e macia,
Como parecia estar
Só naquele instante.

Tomou um banho demorado,
Segurando firmemente
Cada parte do seu corpo intacto.
Para conferir se aquele brado
Não teria levado algo.

Aquele momento não sairá de sua memória.
Afinal, ela já era uma senhora,
mas que se derrete toda ao lembrar da história:
Um malandro passa assoviando
E a chamando de gostosa.

CA Ribeiro Neto

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* Livraria Cultura: inauguração no dia 9 de Junho!!!
* Trabalharei na parte de vendas de lá, obviamente no setor de Literatura... hehehehe
* O Grupo Eufonia está muito bem, obrigado!
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Janelas Abertas - Zélia Duncan

LENDO NO MOMENTO: 21 Contos inéditos - Carlos Lacerda - pg. 89 (infelizmente ele não percebeu quer era melhor escritor do que político... hehehe)

Boa Sorte

7 comentários:

Le Babiot disse...

Milênios, e a gente ainda não sacou que a pele sempre perde...viva a vaidade vencida!!

Anônimo disse...

Parece minha mãe. Se um MENDIGO vier elogiando - se é que se pode chamar de elogio - ela se sente toda toda. Muito vaidosa e cheia de si. Tão cheia de si que não sei nem como ela aguenta. kk
Sobre o poema, cof, coisas tão simples como essas fazem o dia da pessoa. Tenho certeza que, se a mulher fosse "boniiiiiita", ele pensaria depois "depois dessa caridade, vou pro céu".

Hermes disse...

Você já tinha lido esse poema no Eufonia, e faz um booooom tempo, tenho certeza. Foi até no BNB. Boa poesia, fácil de ler, ainda bem. E o final é engraçado, quebra o esperado, hehehe.

Freddy Costa disse...

Carlin, volto eu, aos poucos, com minhas semi-atividade literária, inclusive lendo e comentando as postagens do pessoal aqui, até as mais antigas...
E dessa vez eu posto de verdade, não queria por motivos que não quero explicar, mas vou deixar de ser doido e besta e tacar fogo no cabaré!! Iiieeeeewwwww!!!
Quantoa sua poesia, nenhum comentário que vc não saiba: vc é um safado!

Marcília Sousa disse...

Muito bacana o final, pois qual mulher não gosta de receber tal elogio, mesmo que seja de um malandro!!
Poesia leve, simples...

Beijos!!!

Thiago César disse...

eh o bom, lembro q tu keria fazer um curta baseado nessa poesia, neh seu sem vergonha! hahai!

A moça da flor disse...

uma poesia boa de se ler num final de um dia cansativo.

engraçado como são as pessoas... quando elas ficam mais velhas e a vaidade vai deixando de fazer parte do dia a dia qualquer elogio assim é como se ela estivesse voltando a ser jovem... ainda mais numa sociedade como a nossa em que se prega um corpo sempre jovem e perfeito.

gostei =)