A dança da alegria

A dança da alegria - CA Ribeiro Neto

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Agora não tem mais desculpa

Última crônica que escrevi, 'Agora não tem mais desculpa' fala das possibilidades de se ler, aproveitando tempo não tão aproveitáveis! Fez muito sucesso com quem já leu, vamos ver se vocês gostam. A série 'O Recado está dado' tem mais 3 textos a serem postados e tem mais um de reserva, caso algo que espero realmente aconteça. Este só será postado se esse algo acontecer.


Agora não tem mais desculpa




Escrevo esta crônica para iniciar uma campanha. Muitas vezes, quando incentivo alguém a ler, dizem-me que não há tempo para isso. O mundo não dá tempo para leituras e é preciso correr atrás do “bendito” dinheiro para, quem sabe, passar uma vida comprando livros para se ler na aposentadoria – se a tiver.

Enquanto isso, as estantes ficam entupidas de livros apenas folheados, servindo, algumas vezes, como guardadores de dinheiro; de telefones que o(a) parceiro(a) não podem ver etc. Agora chega! Isso tudo é invenção de quem está arranjando desculpas, não para mim, mas para si. Quando se quer ler, arranja-se tempo de qualquer jeito. O que quero é que aproveitemos melhor os nosso horários. Vejam como não peço muito:

Quanto tempo você perde em engarrafamentos? Bastante, com certeza. Analisarei aqui dois tipos de transportes: o carro e o ônibus.

Na hipótese do carro, se você estiver acompanhado, dando carona a alguém, converse com a pessoa, deixe para ler num outro momento. Mas se você estiver sozinho, não é pra ler dirigindo, pelo amor de Deus! É pra ler nos sinais vermelhos, nos longos engarrafamentos. Nesse caso, é preciso, no entanto, uma leitura mais leve, que não atrapalhe sua atenção no trânsito. Um livro de contos ou crônicas. Até auto-ajuda serve.

Se você não possui automóvel e anda de ônibus, a dica seria mais ou menos a mesma, porém, avanço ainda mais. Se você não for dos mais desligados, pode ler já na parada de ônibus, enquanto a sua linha não vem. Se você é mais desligadão – aqui vale a autocrítica – é aconselhável não ler agora, para, assim, não deixar o busão passar. Dentro do transporte, todos sabem que ler com o veículo em movimento pode prejudicar a visão, mas se você consegue um assento, nada impede de você ler um livro nos engarrafamentos. Com essa cidade de trânsito caótico, é tempo de sobra. Aí cabe um livro um pouco mais complicado, contanto que não perca a noção espacial para não passar de seu destino. Contudo, se você não conseguir sentar-se, eu já não aconselho ler, pois dificultaria a sua sustentação – apesar de que eu já vi pessoas lendo em pé, nos ônibus, então, fica a seu critério. Aqui também só cabe a proposta se estiver desacompanhado, entre desconhecidos. Veja bem, não estou pedindo para se individualizar ainda mais. Perceberam que esse parágrafo é o maior de todos? É, muita prática, amigo...

Já vi pessoas lendo enquanto andam a pé, mas eu também deixo a critério de vocês. A possibilidade de topar, chutar algo, até mesmo cair, aumenta significativamente.

Se você ainda for aluno, universitário, de preferência, pois este tem mais liberdade de escolha, caso esteja num aula chata e você não esteja com nenhum pingo de interesse, porque não ler um livro? Melhor que conversar e atrapalhar os interessados na aula. Importante aí, a discrição, afinal, alguns professores podem se incomodar com tal ato.

Pessoal, eu já fui noveleiro, sei como é, mas convenhamos, qual a graça de assistir algo que o final é sempre o mesmo. Os bonzinhos terminam felizes para sempre – doce ilusão –, todo mundo se casa – tremenda ilusão – e os vilões são divididos em três grupos: os que morrem, os que se dão bem e os que são presos ou internados. Eu lhe garanto que livros tem uma variedade bem maior de possibilidades. Sem falar que, para quem sofre de insônia, livro é um ótimo remédio, pois das duas, uma: ou terá muito tempo para ler livros, ou o livro dar-lhe-á sono.

Mais uma dica, se seu trabalho não exigir muita agilidade e movimentação – como um escritório, por exemplo –, e se você tiver algum período, por mais que seja curto, para dar uma corridinha ao livro, faça. Além de aprender mais, você ainda faz uma média com o patrão, que certamente gostará de um empregado tentando aprender, o que certamente traz benefícios para o seu desempenho.

Agora, a minha dica principal. Leia em filas de banco, pagamento, em espera para consultas médicas etc. Obviamente essa dica serve apenas para os que vão para filas constantemente – meu caso. Porque ficar horas numa fila, olhando para o nada, para a cara das pessoas que também estão sem ter o que olhar? É um momento que, dependendo da segurança do local, você pode se dedicar mais profundamente para a leitura, tendo como única preocupação, apenas olhar se a pessoa a sua frente andou, para acompanhar a fila. Você aproveita um tempo que não seria bem aproveitado e ainda transforma um momento que sempre é chato – quem gosta de passar horas numa fila para, quando chegar a sua vez, ter que dar dinheiro? Se fosse ao menos para receber... – em outro bem mais proveitoso e, no mínimo, mais interessante que olhar para pessoas entediadas.

Pois bem, está feita a campanha: Agora Não Tem Mais Desculpa, Leiam Até Dar Tontura! Sempre que puderem, leiam mais, garanto que nada perderão.



CA Ribeiro Neto
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* Amanhã é 2010 e que tudo seja melhor do que em 2009 já foi.
* Blogs de Quinta com novas adesões, penso em estipularmos um máximo de 15 integrantes. O que vocês acham?
* Tudo de bom e de sorte para vocês!

ESCUTANDO NO MOMENTO: A Carne - Seu Jorge (Farofa Carioca) e Fagner

LENDO NO MOMENTO: Almanaque Armorial - Ariano Suassuna - Pg. 42 - Livro sensacional

Boa Sorte


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Xerox de uma certidão de óbito

'Xérox de uma certidão de óbito' é uma das minhas crônicas mais recentes, ela que fecha o meu livro. Não tem muito o que explicar, pois a crônica já é auto-explicativa. A série 'O recado está dado' continua na próxima semana, agora com textos que não estão no livro.


Xerox de uma certidão de óbito



Comprei um borrão da xerox aqui perto de casa. Ao invés deles jogarem fora as folhas que por algum motivo a cópia xerocada não ficou boa, eles fazem uns borrões com as folhas de ofício e vendem a um preço razoável. Como é só para meus rabiscos sem importância, o papel também não precisa ser cheio de frescura.

Curioso que sou, fui folhear o borrão, mas olhando o que estava xerocado do lado que certamente eu não iria escrever nada. Entre páginas de livros, de documentação em geral, uma me chamou especial atenção: uma certidão de óbito.

O cara era paraguaio, tinha residência em Goiânia, mas morreu aqui em Fortaleza. Siderúrgico, casado, quarenta e sete anos e não tinha nenhum pertence materialmente de valor. Morreu atropelado numa avenida federal.

Impossível não pensar no que esse cara fazia por aqui! O que será que ele veio fazer por Fortaleza e acabar morto assim? É certo que aqui não há siderúrgicas, então não veio a trabalho. Pode ser que ele tenha vindo por alguma coisa ilícita. Vai que o cara é matador de aluguel nas horas vagas, ou devia uma nota a alguém e veio fazer um servicinho por aqui para pagar sua dívida. Se for isso mesmo, seria o caso de considerar a morte dele como um simples atropelamento mesmo?

A família que ele deixou esperando, será que mora no Paraguai ou em Goiânia? Depois de uma pesquisa rápida, afirmo que existe siderúrgicas nos dois lugares. Se for no Paraguai, ele não via a mulher, e talvez uns filhos, há muito tempo, suponho. Se for em Goiânia, o que será que ele disse aos parentes próximos antes de sair de casa? De repente, ele nem avisou, talvez até estivesse por aqui fugindo de casa.

O cara já se aproximava dos cinqüenta anos e não estava com nada de valor. Esquisito, se pensarmos num atropelamento, unicamente. Quem sabe é verdade o que falei antes, do tal servicinho, aí os que despacharam-o aproveitaram e raparam os bolsos dele também. Digamos que foi a gorjeta. Ou então algum ladrão passou por lá antes da polícia ou da ambulância e surrupiou o paraguaio. Não precisa nem ter sido um ladrão de ofício, basta algum humano não muito bom do juízo que resolveu seguir o ditado que diz: a ocasião faz o ladrão.

Agora, analisando bem a xerox no borrão, ela não aparenta nenhuma imperfeição. Porque será que ela não foi entregue ao cliente que quis a xerox do documento? Será que o cliente encomendou a cópia para pegar depois e não voltou, ou o cara que manuseia a máquina se interessou pelo documento e tirou duas? O que será que o operador queria com essa certidão? E se ele for um curioso escritor também? Será que existe outro texto por aí falando desse mesmo siderúrgico paraguaio, dessa morte e dessa certidão?

De qualquer modo, os mortos e os vivos, que todos descansem em paz.

CA Ribeiro Neto

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* É Natal! Comemorem o que acham que devam comemorar!

* Talvez eu viaje próxima semana, então não sei como será a próxima postagem...

* Caso ela não ocorra, também já deixo um Feliz Ano Novo a todos!

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ESCUTANDO NO MOMENTO: Sinal Fechado - Paulinho da Viola

LENDO NO MOMENTO: Almanaque Armorial - Pg. 35 - Ariano Suassuna (mas ainda continuarei o Contrato Social).


Boa Sorte

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Siqueira?

Bem, agora posto um conto: 'Siqueira' é um texto já bem velhinho, escrito em 2005, onde, na minha opinião, tem um dos diálogos mais saborosos que já escrevi. Realmente me orgulho desse diálogo, mas vamos ver se vocês gostam. Para essa série, 'O Recado está Dado', eu tinha selecionado 8 textos, do quel esse é o terceiro, mas, como escrevi uma fábula ontem que se encaixa nessa série, adcionarei a fábula para fechá-la.

Siqueira?

Ana aceitou sair com ele mais uma vez, só pela consideração aos 3 anos e 7 meses de namoro. Ela sabia que ele ia tentar de tudo para reconquistá-la e então ficou ensaiando o que dizer quando o indivíduo começar a mentir.

João Paulo já era escorraçado pelas amigas de Ana. Pela família então, não queriam nem escutar o nome dele. Mas é que o pobrezinho era tão prestativo... fica ajudando a tia solitária e doente, que mora distante e tem recaídas coincidentemente em horários inusitados. Uma mentira tão bem elaborada, que engana a todos no começo e só a apaixonada no final.

Conselho é sempre bom, o que deveria ser pago era a assimilação da ajuda em forma de palavras, afinal, tentativas das amigas não faltaram, o problema é que todos merecem mais uma chance...

Se encontraram na lanchonete de sempre, beijos no rosto, um abraço forte (por parte dele) e foram se sentar, pediram o de sempre (será que tudo vai se repetir?) e começaram a conversa:

- Ana, eu quero que saiba que sei que errei e não vou inventar nenhuma desculpa.
- João, isso já é outro problema! Vamos primeiro tratar do que já temos!
- Está bem! Sabe a minha tia?
- Eu sei que não tem tia!!
- É verdade... não tem, mas é que não posso te contar a verdade...
- Você está me enganando a mais de 3 anos e 7 meses???
- Não sei quem eu tou enganando, você ou eu...
- Você deve ser muito besta pra se enganar...
- Ana, eu sou casado.
- Que??? — Chega o garçom, todo embaraçado (como sempre) e deixou o pedido deles, o que esfriou um pouco a conversa. Quando ele foi embora, JP torna a falar:
- Minha mulher está doente, em estado crítico, um câncer... por isso não posso me divorciar, tenho que ajudá-la. Eu achava que ela era o amor da minha vida, até te conhecer, só que aí já era tarde demais, já estava casado e tendendo à viuvez. Se eu te contasse tudo isso, teríamos namorado?
- Não...
- Só me restou viver este amor proibido contigo enquanto as coisas não mudam...
- Eu não vou ficar esperando a tua mulher morrer!
- E eu nem te peço isso! Vou me afastar da pessoa que mais amo para não machucá-la!
- Não! Olhe... podemos nos encontrar de vez em quando... quando a saudade apertar...
- Se for quando eu sentir saudades, então vai ser sempre!
- Ô...amor! — Um beijo acontece.

O garçom, apaixonado por Ana, esmurra um pobre cachorro-quente. Ana e João Paulo passam mais duas horas juntos e depois ele se despede dela, porque tem que ir para casa que fica em Messejana.

No terminal do Papicu, ele pega o ônibus que vai para o Siqueira, passa um lenço nos lábios, pega um perfume na mochila e se reperfuma.

CA Ribeiro Neto
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* Ganhei o Almanaque Armorial de Ariano Suassuna do meu irmão pela minha formatura!
* Desse jeito vou estudar para me formar num curso em cada ano! heuhreurherhuh
* Nessa segunda-feira será a minha colação de grau, na Assembleia Legislativa e com transmissão ao vivo pela TV Assembleia, canal 30, às 18h.
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Novamente - Ney Matogrosso - CD Inclassificáveis (música linda, meu Deus).
LENDO NO MOMENTO: Do Contrato Social - Rousseau -Pg. 53 (essa li umas crônicas de um outro livro, por isso não adiantei mais esse... e com esse do Suassuna, não sei como ficará a leitura do Contrato... hehehe).

Boa Sorte

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Desculpe, foi involuntário

Continuando a série 'O recado está dado', 'Desculpe, foi involuntário' é uma conversa direta entre alguém fictício e o meu pseudônimo Wallace Lago. Ele simplesmente gosta de falar coisas às mulheres, independentemente dos resultados que aquele ato possa causar.



D
esculpe, foi involuntário!

Involuntariamente procuro mulheres diferentes de você, mas dessa vez foi diferente.

Saiba que, apesar de não lhe conhecer, não estou lhe aprovando só pelo físico. Alias, seu corpo só está me servindo como meio para descobrir coisas suas, que nem todos percebem.As formas e tonalidades da maquiagem de seus olhos, boca e o estado do seu cabelo revelam uma mulher vaidosa, porém, para si mesma, não para se mostrar.

A atenção que dá para o texto segura, não é facilmente encontrada na espécie humana, mesmo que essa atenção não esteja voltada para a leitura, e sim para pensamentos vagos.


No entanto, sua panturrilha freneticamente movimentada, revela uma inquietação diante de uma agonia (seja em relação à leitura ou à pensamentos vagos). E mais, demonstra a vontade de agir e resolver logo o problema.


Continuando o olhar sua pantorrilha e agora também a parte da coxa que a saia não cobre, tiro duas possíveis conclusões: ou acrescenta a hipótese da vaidade, talvez você vá à academia ou corra sempre pela beira da praia; ou avisto as pernas de uma mulher trabalhadora e que aqueles contornos são frutos do trabalho árduo.


Pelas suas vestes, percebo que não passa necessidades, mas também não nada em dinheiro. Além do mais, sua expressão facial transparece humildade, vontade de viver e nenhuma frescura.


Vou parar por aqui, pois não quero que se assuste e, antes que pergunte o que quero, lhe respondo com franqueza: nada!


Involuntariamente procuro mulheres diferentes de você.


Wallace Lago
(CA Ribeiro Neto)
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* Uma prova na sexta para oficializar o fim das aulas...
* Passei no 3º semestre da Casa de Cultura Portuguesa, porém, não estou totalmente feliz com isso.
* De resto, tudo na mesma.
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Wave - Nara Leão
LENDO NO MOMENTO: Do Contrato Social - Rousseau -Pg. 53 (É, agora deu pra dá uma adiantadazinha na leitura)

Boa Sorte

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Aplausos

Bem, 'O recado está dado' é uma série de crônicas que tem algo em comum: alguém passa um recado para outro (s). E começo com 'Aplausos', uma crônica que aborda, ou pelo menos tenta, o casamento de forma bem humorada. Boa leitura!


Aplausos


Depois do casamento na Igreja Matriz, todos foram para o buffet perto dali.

Uma banda tocava as já tradicionais músicas dos anos 50 e 60, indo de vez em quando à década de 80. Alguns dançavam no salão, sobretudo as tias que adoram gastar a aposentadoria em hidroginástica e viagens. Alguns conversavam nas mesas, sobretudo os homens da família que só conversam sobre futebol e, o que é pior, futebol local. E muitos, muitos mesmo, comiam, sobretudo os amigos de amigos, os amigos distantes, ou seja, os que só foram convidados porque viram alguma coisa no orkut, ou os que tinham que ser convidados só para não ficar chato.

Já ocorrera a valsa, o corte do bolo, as fotos piegas e agora a banda parou um pouquinho, porque todos pediam um discurso do novo marido, antes que a nova esposa jogasse o buquê para as amigas desesperadas.

Ele sobe ao palco com uma tacinha fina, dessas de champanhe, cheia de cerveja, bate no microfone para saber se realmente está ligado e começa.

“Primeiro quero agradecer a presença de todos aqui, até dos que eu não conheço! Segundo, quero mandar um recado aos meus amigos solteiros. Esse negócio que o pessoal fala de casamento ser ruim e tal. Eu, pelo menos, estou casado a três horas e tá beleza! Ainda mais, só em pensar que depois vem a lua-de-mel, então...(aplausos)!

Aliás, essa história também que o pessoal reclama de 'ah, fazer sexo com a mesma pessoa para o resto da vida é ruim demais'. Pessoal, você só vêem o que seria ruim! Mas entendam assim, você não precisa conquistar mais ninguém para levar à cama! Só Chegar com um vinhozinho, um chocolate, faz uma brincadeira e pronto, já tá valendo (aplausos menos entusiasmados que o primeiro)!

E outra coisa quanto a isso, pelo meno eu pretendo, conforme nossos dias de casados irão aumentar, ir variando e experimentando novas coisas! Vou até comprar um kama sutra (aplausos menos entusiasmados ainda)!”.

Ele olha para a esposa, toda envergonhada, e dá um sorriso e uma piscada de olho. Só então os aplausos voltaram ao entusiasmo inicial. Então que ele continua.

“Pois bem, tenho que confessar uma coisa. Nunca sonhei em me casar, mas sonho em ter filhos. O casamento me servirá apenas como credencial para o meu sonho. Porque, não importa a situação do cabra: se ele tem filho sendo solteiro, é sempre irresponsabilidade, já se filho vier depois de casado, sempre podemos fingir que foi planejado (muitos aplausos)!

Gente, falando sério, até agora eu só tava rindo para não chorar (interrompido por risadas generalizadas)! Mas agora é sério mesmo. Eu tava brincando assim, porque, enfim, estamos numa festa, mas quero dizer que essa data é muito importante para mim. Não importa o tanto que dizem que casamento não vale mais nada, só dá pra saber se não vale mesmo se pelo menos tentarmos. Por isso tou aqui, casando com quem quero viver para o resto de minha vida, não necessariamente casado. Se não der certo, a gente se divorcia e continua namorando (Aplausos que não acabavam mais)!

Obrigado pela presença e consideração de todos!”.

Depois foi só descer do palco e cumprimentar praticamente todos os convidados da festa que queriam lhe parabenizar pelo discurso.



CA Ribeiro Neto
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* De um total de 1519, a minha crônica 'Agentes na passiva' está entre as 100 melhores do II Prêmio Literário Cidade de Porto Seguro-Crônicas. E concorrendo ao prêmio de 1000,00 para a melhor crônica, que sairá dia 2 de janeiro!
* Pouco mais de uma semana para as férias... socorro!!!!
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Berimbau - Na voz da minha musa Nara Leão
LENDO NO MOMENTO: Do Contrato Social - Rousseau - Pg. 35 (Nas férias eu prometo que desconto isso...)

Boa Sorte