A dança da alegria

A dança da alegria - CA Ribeiro Neto

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Do Desenho Urbano... 8/11

O 8° capítulo do conto 'Do Desenho Urbano à Sombra das Árvores' é o menor de todos, mas é o que modifica a história, puxando para o grande final. Capítulo anteriores logo abaixo desse.


VIII

Conforme as bandeiradas foram acontecendo, mais militantes dos dois partidos eram convencidos pelo casal, de que não precisavam brigar pela causa partidária.

Essa onda de pacifismo foi crescendo cada vez mais, pois quem gostava, passava para frente essa idéia.

Certo dia, saiu no jornal uma foto que até bem pouco tempo atrás, não se imaginava.

Na capa do jornal mais conhecido da cidade, sai uma foto de Mário e Marta, de mãos dadas, cada um com a camisa do seu partido. E logo acima da foto, em tamanho exagerado, a pergunta:

Aliança?


C. A. Ribeiro Neto.
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* Feliz Natal para os Cristãos.
* Feliz feriado aos Ateus.
* Próxima postagem já será em 2009, então, desejo a todos muita esperança, pois com ela, podemos sonhar com o resto.
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Modinha - Tom Jobim e Nana Caymmi
Boa Sorte

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Do Desenho Urbano à Sombra das Árvores 7/11

Mais um capítulo do conto de Mário e Marta, onde o amor deles se consagra em olhares, gestos e ações. Capítulos passados abaixo.


VII

Marta chegou primeiro ao barzinho, pediu, mais uma vez, um suco industrialmente fabricado, mas agora, acompanhado de uma dose de wodka.

Mário chegou pouco tempo depois. Foi se aproximando dela, rindo e apontando para a árvore em que a Marta estava embaixo. Eles se abraçam e começaram a conversar:

- Bela sombra você escolheu para nós!

- Acho que já nos especializamos nisso, hein?

(Risos de ambas as partes)

- Se me permite, vou de cerveja! - Mário falou isso pensando na conta que, tecnicamente, ele iria pagar!

- Pode ficar à vontade! Faz tempo que coordena bandeirada?

...

A conversa entre eles é íntima, por isso não cabe a nós entrarmos nesses detalhes. Vamos logo ao que interessa.

Depois de muita conversa e bebida, depois de uma mão ir no pescoço do outro, depois de vários olhares, eles de beijam.

Nesse exato momento, Mário descobre algo mais bonito que a voz de Marta, aquele beijo era mágico. Já Marta, conseguiu o que poucos humanos conseguem: não pensar em nada. Ou ela pensou que não estava pensando em nada? Ou ela pensou, estar pensando que não estava pensando em nada? Enfim, foi um momento diferente do normal.

Eles dois ficaram do melhor jeito que deveriam ficar: apenas ficaram e sem pensar em mais nada. Quando já estava bastante tarde, Mário quis ir embora, com medo de não ter mais ônibus, mas Marta insistiu em deixá-lo em casa. Era exatamente o que o destino esperava para selar esse amor. Eles acabaram dormindo juntos.


C. A. Ribeiro Neto
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* Tudo relax, tudo tranquilo, numa boa!
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ESCUTANDO NO MOMENTO: A menina dança - Novos Baianos, versão de Baque Lírico.
Boa Sorte

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Do Desenho Urbano... 6/11

Sexto capítulo do conto 'Do desenho urbano à sombra das árvores' e mais um diálogo entre Mário e Marta. Capítulos anteriores abaixo.


VI

Mário tenta esquecer a garota que conheceu por acaso. Ele vê a diferença social entre eles como um empecilho, mas não consegue esquecer a voz de Marta, a mais bonita que já escutou.

Marta está lutando para não ver a situação partidária como um problema e o fato de ter o número do telefone dele, lhe trouxe uma dor de cabeça: ela quer ligar quando não tem bandeirada! E pior, não liga, pois acha que seria uma atitude precoce.

Várias vezes ela pega o telefone, liga para ele e desliga antes de começar a chamar. Até que um dia, sua coragem veio à tona e ligou.

Mário, por não ter o número dela, não reconheceu quem tava lhe ligando, atendeu, e depois dela dizer “alô”, soube quem era a pessoa do outro lado da linha:

- Marta, que surpresa!

- Que nada! Devo estar te atrapalhando, né?

- De maneira alguma! Estava mesmo me recordando da sua voz, é bom que assim, eu me lembro com maior clareza!

- Quer dizer que já estava me esquecendo, é? Bom saber...

- E exatamente por não querer lhe esquecer, que eu queria marcar um encontro, um bate-papo, sei lá!

- Boa idéia – Marta está ansiosa e nervosa de novo!

- Então, que tal tomarmos uma cerveja, um suco, ou qualquer coisa que sirva como desculpa para sairmos!

- Tem um barzinho legal, perto daquela praça que nos encontramos. Pode ser lá?

- Contando que tenha sombra de árvore!

- Tem sim!

(Risos de ambas as partes)

- Então, hoje às 19 horas?

- Certíssimo!

- Até mais!

- Até!

C. A. Ribeiro Neto
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* Como diria um amigo meu: Aih ladrão!
* Sem novidades.
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Mar Grande - Paulinho da Viola (se garante)

Boa Sorte

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Do Desenho Urbano à Sombra das Árvores 5/11

Chegando na metade do conto! Quem está chegando agora, os primeiros capítulos estão abaixo.

V

Mário, na sede do partido, recebe bandeiras e santinhos da coligação e vai, junto de mais 15 jovens para o cruzamento das avenidas Gilberto Santos com Guilherme Sousa.

Marta, na sua estréia no cargo, também pega bandeiras e santinhos e também vai para o mesmo cruzamento. Ela sobe no banco da frente da kombi e leva o pessoal pras avenidas.

Quando ela chega lá, Mário já estava com sua equipe. Eles se reconhecem e vão falar um com o outro:

- Olá, Mário!

- Olá, você ainda se lembra do meu nome, Marta? Pensei que já tinha se esquecido!

- E vejo que se lembra também do meu!

- PEC, hein? Quem diria!

- Pois é! Sou militante há 4 anos! E tu?

- Eu tou no PCS há 7! Deixa só eu entregar as bandeiras direitinho pros meninos que aí a gente conversa melhor, tá?

- Tá, eu também tenho que fazer o mesmo!

E cada um foi pra sua kombi, distribuíram as coisas e foram para a sombra de uma grande árvore. Durante esse processo, os dois ficaram pensando que pessoas de partidos opostos podem sim se dar bem.
Quando se encontraram, Mário começou a conversa:

- Nos encontrarmos na sombra já é uma tradição nossa, né?

- É verdade! Que bom que temos bom gosto para escolher lugar, hein?

(Risos de ambas as partes)
E os dois conversaram bastante, até que tiveram que intervir numa batalha de bandeiras opostas. Quando conseguiram apaziguar a situação, os dois juntos deram uma lição de moral em seus coordenados, explicando-os que não precisavam brigar por disputa eleitoral.
Depois dessa, cada equipe se preparou para ir embora. Antes de se despedirem, uma pequena conversa:

- Mário, eu até já tomei de conta do seu telefone, mas não sei o seu número!

- Pois é! Aproveita e anota aí: 9977-5533.

- Anotado! Quando tiver uma nova bandeirada, eu te ligo para saber para onde você vai!

- Tá certo. (se abraçaram)

- Tchau!

- Tchau!

C. A. Ribeiro Neto.
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* Fazendo academia: mais dores e disposição, então.
* É difícil ter boas férias quando não se tem dinheiro...
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ESCUTANDO NO MOMENTO: A Estrada e O Violeiro - Nara Leão (ow mulher pr'eu gostar!)

Boa Sorte.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Do Desenho Urbano... 4/11

Quarto capítulo, é agora que entra ar política! Pra quem começar a ler meu blog agora, os primeiros capítulos estão logo abaixo desse.

Do Desenho Urbano à Sombra das Árvores

IV

Era período de eleições, os dois principais partidos da cidade cuidaram logo nas coligações e nos nomes para candidatos a Prefeito.

O PCS, partido da Causa Social, lançou logo seu candidato. Luís César, um ex-favelado, ex-líder comunitário, e agora, grande político da região. Como deputado federal, defendeu um projeto audacioso para a educação, mas foi barrado pela oposição.

O PEC, Partido da Esquerda Capitalista, indicou para a prefeitura, um cara que representa bem a idéia do partido, Lima Chagas é um mega-empresário, mas sua preocupação com os mais necessitados comovia muitos.

Mário é militante do PCS, apaixonado por política, viu o então candidato Luís César crescer no partido e se espelhava bastante nele. Marta, por sua vez, é filiada ao PEC. Já fazia um tempo que ela estava com esse grupo e esse ano foi promovida a coordenadora de um grupo de bandeiradas de semáforo, cargo que, coincidentemente, Mário também exercia no PCS.


C. A. Ribeiro Neto
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* Abarcando o mundo com os braços nessas férias...
* Só
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Você pediu e eu já vou daqui - Nando Reis
Boa Sorte

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

DUàSA 3/11

Prosseguindo com o conto 'Do Desenho Urbano à Sombra das Árvores'. Lê-lo.


III

A aula de Marta acabou às 12 horas, ela passou na lanchonete em frente a faculdade, comprou um suco industrialmente fabricado e foi para a praça onde o encontro foi marcado, que fica na próxima esquina.

Quando ela chega lá, percebe que a praça é grande demais para servir como único ponto de referência, e que eles deviam ter marcado um lugar mais específico, mas ela resolve se sentar no único banco com sombra que havia na praça.

Chega o horário de almoço de Mário e ele corre para o canto marcado. No caminho, percebe que não sabe quem ela é, não olhou o rosto dela, não se lembra da roupa que ela usava, então, quando chegou na praça, foi para um orelhão que estava do lado de um banco, o único que estava na sombra.

O celular do cara começa a tocar, mas Marta não precisa nem atender, reconheceu-o no orelhão e chamou-o para o banco:

- Moço! Quer atender seu próprio celular?

(Risos de ambas as partes)
Mário se senta ao lado da moça e se apresenta:

- Muito obrigado por guardar meu celular! Meu nome é Mário...

- O meu é Marta! Muito prazer – falou ela, meio que interrompendo o que ele falava, com um certo nervosismo. Marta era assim mesmo, se agoniava quando estava apreensiva – Essa vida está uma correria só, né?

- É verdade. A sociedade atualmente está nos engolindo com esse excesso de compromissos de horários marcados. Tudo isso aconteceu porque eu tava tentando descontar o sono que eu não deixei na cama. Estudar e trabalhar não é fácil, mas se meu sonho exige isso, por mim, tudo bem.

- Que bonito, qual o seu sonho?

- Me formar em Direito, servir minha profissão e também tenho planos políticos.

- Que massa! Eu faço Ciências Sociais aqui nessa faculdade. A política também está em meus planos!

- Eu adoraria conversar sobre isso, mas tenho que voltar pro meu trabalho. Quando você quer pela devolução do celular?

- Nada! O que estou fazendo é uma gentileza!

- Ops! Então me desculpe, você sabe como está o mundo hoje! E obrigado pela generosidade!

- Por nada! A gente se encontra por aí! Tchau!

- Tchau!

C. A. Ribeiro Neto
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* Férias, doce férias!
* Novas aquisições literárias: Dona Flor e Seus Dois Maridos, Estorvo, Benjamim e Triste Fim de Policarpo Quaresma.
* Só.
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Escutando no momento: Zé Ferreira, Trepa no coqueiro - Martinho da Vila
Boa Sorte

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Do Desenho Urbano à Sombra das Árvores 2/11

Continuando o conto 'Do desenho urbano à sombra das árvores', eis o segundo capítulo. Ver o primeiro logo abaixo desse.

II

Mário chega no trabalho meio atrasado, leva uma bronca do seu chefe – Sr. Vieira era legal muito de vez em quando – e depois vai para sua mesa.

Ser auxiliar de um advogado não era muito fácil, mas sempre havia tempos livres, o que Mário utilizava para fazer algum trabalho do curso de Direito.

Justamente nesse dia havia trabalho desde cedo. Começou a se concentrar no trabalho, mas depois de quinze minutos resolveu olhar no celular, as horas que faltavam pro almoço. Celular? Celular? Cadê o celular? A primeira coisa que vem à cabeça é roubo, mas não houve situação para que isso acontecesse.

Viu que seu chefe estava ocupado e saiu atrás de um orelhão para ligar pro seu celular.

Tocou uma vez, duas, alguém atendeu no meio da terceira. Uma voz feminina, que parecia já ter escutado antes, a mais linda que já escutou:

- Alô?

- Alô! Eu gostaria de saber onde você encontrou esse celular.

- Ah! Ainda bem que você ligou! Eu estava sentada ao seu lado no ônibus, quando você deixou o celular cair e saiu correndo!

- Ah! obrigado então!

- Então, como faço para te entregar seu celular?

- Onde você está agora? Posso ir buscar na hora do almoço.

- Você conhece a praça Aristides Nogueira?

- Conheço sim, podemos marcar lá?

- Sim,sim, que horas?

- Doze e meia dá para você?

- Dá sim, até mais tarde.

- Até! E Obrigado.

C. A. Ribeiro Neto
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* Adoro fazer suspense...
* Vem novidade por aí...
* Paulo Henrique, o título sugere mudanças, elas virão sim. Quanto a haver técnica no coloquialismo, também é verdade. Esse conto é uma comédia muito leve, então ele pede uma leitura que faça o leitor relaxar. Não só a escolha do vocabulário, como também a pontuação e a inversão da visão do narrador são elementos dessa técnica.
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Carinhoso - Pixinguinha
Boa Sorte

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Do Desenho Urbano à Sombra das Árvores 1/11

Começa-se hoje o conto 'Do Desenho Urbano a Sombra das Árvores', um conto dividido em 11 capítulos. Ele envolve tudo que mais gosto de escrever: romance, comédia e política. Eu já tinha postado-o no meu antigo blog, então, quem me acompanhava desde aquele tempo, terá o prazer de revisá-lo e quem não conheceu, poderá agora!

Do desenho urbano à sombra das árvores


I

Mário, nos seus bem objetivos 30 anos, estava num ônibus, indo de casa para o trabalho, quase dormindo, atrapalhado pelas batidas da cabeça no vidro da janela. O cansaço tomava conta do seu corpo, afinal, trabalhar e estudar era complicado. Sua vida sempre foi sofrida e humilde, mas seus sonhos de um mundo melhor não deixavam ele desistir.

Marta, nas suas belas 23-27 primaveras, ia para a faculdade de ônibus porque seu carro estava na oficina. Ela estava no banco do corredor, ao lado de um cara que tentava dormir, olhou para ele e pensou: “Esse povo que senta na janela para dormir e não olha lá pra fora... aí atrapalha quem quer ver.

Sua incompreensão se deve, talvez, por ela não conhecer o que se passa com aquele rapaz. Sempre teve tudo que queria, pais ricos e sempre por perto. Marta tinha tudo pra ser uma daquelas meninas mimadas, mas não era, se preocupava com o mundo ao seu redor, mesmo parecendo não fazer parte dele. Lia tudo que encontrava sobre política e economia, e tinha suas posições sobre tudo bem formadas.

O celular de Mário vibra, está no modo silencioso, então a moça que está ao seu lado sente também a vibração do aparelho.

Marta, percebendo que o rapaz não acordara, chama-o, avisando que alguém estava ligando-lhe.

Mário acorda meio zonzo, tira o celular do bolso, mas antes de atender, o ônibus dá uma freada brusca, que faz o celular cair no chão. Só agora Mário acordou completamente, ele olha pela janela e grita:

- Pera, Motorista, já passou da minha parada!

E ele sai correndo desembestado e ainda tonto, tentando descer.

Marta iria enfim sentar-se na janela para olhar o desenho urbano, quando percebeu o celular daquele cara no chão. Pegou e guardou sem saber como devolver.


C. A. Ribeiro Neto
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* Sem tempo pra outras coisas
* Doces férias chegando!
* Sinto o APPLE ressurgir!
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Magrelinha - Luiz Melodia
Boa Sorte

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Insônia Avulsa

Chegamos ao final da série 'Pequenos Textos, Grandes Recados' com um texto que fiz especialmente para essa série. 'Insônia Avulsa' é a descrição de um momento, um momento que certamente todos já passamos. Ou vamos passar.


Insônia Avulsa


Preto. Teto. Celular. Nada. Hora: 2h 29 mim. Maldita insônia. Companheira fiel de quem quer ficar sozinho. Cachorro de guarda que afasta o sono de quem só quer um momento de fuga. Celular. Nada. Hora: 2h 30 mim. Opa! 2h 31 mim. Pulga que insiste em sugar seu sangue. Por mais que esperneie, ela está lá. Calor. Me levantar para beber água. Lembrei que minha garganta está presa. Nada passará. Celular. Nada. Hora: 2h 33 mim. Uma ligação, uma mensagem, nada. TV? Rádio? Sem saco. Celular. Nada.

Carlinhos Ribeiro.

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* Federalismo: eu gosto de ti.
* Na próxima semana começarei a postar aqui um conto grande que tenho, que fala de política, amor e comédia.
* Precisa de mais alguma coisa?

* Eu tou bem, e vocês?
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Punto - Jovanotti
Boa Sorte

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sem Sair de Sua Órbita

Penúltimo texto da série 'Pequenos Textos, Grandes Recados', Sem Sair de Sua Órbita nasceu sem intenção de ser um texto pequeno, mas quando eu terminei o primeiro estrofe, vi que ele já dizia tudo que eu queria dizer, então deixei dessa forma.

Sem sair de sua órbita

Você é o sonho realizado
De uma mente utópica.
Você é a sílaba forte
Do meu grito de vitória.
Você é a lua que protege a Terra
Sem sair de sua órbita.

C. A. Ribeiro Neto
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* Vem novidade por aí.
* Estou bastante pensativo em todas as áreas de minha vida.
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Fanatismo - Fagner
Boa Sorte

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Pranto, um santo remédio

Continuando a série Pequenos Textos, Grandes recados, chego na fase das inéditas. Os próximos e últimos 3 textos desta série são novos e que estão fazendo parte de um novo momento meu, bem diferente das minhas poesias mais antigas. 'Pranto, Um Santo Remédio' tentar dá um pouco de crédito ao choro.

Pranto, Um Santo Remédio


Chorar faz bem,
Mesmo sem razão de vir.
E se insistir em voltar,
É pra retomar o que faltou,
Seja amor ou saudade.
Na realidade, o pranto
É um santo remédio,
Um colégio do que não fazer,
é se entreter consigo mesmo,
Um desejo que muitos queriam ter.
Porque sofrer sem chorar
É batalhar sabendo que irá perder.

C. A. Ribeiro. Neto
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* Sem novidades mesmo.
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Mil Perdões - Chico Buarque
Boa Sorte

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Noivos

Bem, voltando à série Pequenos Textos, Grandes Recados, apresento uma encomenda que recebi. 'Noivos' foi um pedido de uma amiga, que queria colocar no convite de casamento uma poesia contando a história de como o casal se conheceu. Era necessário ser pequeno e meigo e acho que assim o fiz.


Noivos

Em uma viagem de carnaval,
Dois amigos não perceberam
Que unindo suas almas
Seu destino escreveram.


Nas ruas de Aracati,
Embaixo de muita chuva,
Se alicerçou um amor
Que até hoje perdura.

C. A. Ribeiro Neto
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* Como eu previ a seis meses atrás, Luizianne ganhou.
* Muito contente com os novos vereadores.
* De resto, tudo normal.
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Bandeira - Zeca Baleiro
Boa Sorte

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Análise Boca de Urna

Amigos, interrompo a série Pequenos Textos, Grandes Recados, tendo em vista a aproximação das eleições. Não vou explicar aqui, porque já explico no texto que fiz.

Estamos bem perto das eleições municipais de 2008, onde nosso futuro será decidido entre 9 candidatos. Como devem saber, estudo Política e Legislação e farei aqui uma análise dos candidatos da forma mais imparcial possível. Irei começar dos que tem menos chance, para os que mais tem chance de conseguir ser o próximo prefeito de Fortaleza.

Carlinhos, do PCB, é um cara legal, mas tem um discurso congelado. O comunismo não dá mais. Aguiar Júnior (obrigado, Fortaleza) é outro sem chance nenhuma. Com propostas loucas, virou o palhaço das eleições. Pastor Neto é outro, que se apóia na Igreja Evangélica, mas nem os evangélicos o apóia, sem falar que ele claramente administraria de forma tendenciosa.

Os candidatos medianos são (ou eram) 3. Adahil Barreto(PR) é um bom deputado, mas fez tudo de errado nessa campanha eleitoral. Centrou-se em seu padrinho político, Lúcio Alcântara, que aliás, não tem influência em Fortaleza; sua campanha tinha muita técnica de marketing, mas que não resultaram em nada, suas fotos pareciam de ilustração de livros didáticos de inglês; e sem falar que ele, não demonstra ser um político de articulação, se aliando a partido de direita conservadora.

Luiz Gastão desistiu da campanha, pelo PPS, devido a suspeitas de falcatruas, dizem as más línguas em superfaturamento de preços. Mas mesmo assim, o que o Presidente da Federação dos Comerciantes estará preocupado? Com a população, ou com quem sempre pagou seu salário? Com a desistência dele, o PPS lançou um outro candidato, mas nem sequer mostrou o rosto dele. Ou seja, nada.

Quanto a Renato Roseno, do PSOL, eu quero que prestem atenção, pois muitos dos meus leitores vão votar nele. Sinceramente, acho ele uma boa pessoa, e quem sabe, um bom político, digo “quem sabe” porque ele nunca foi nada politicamente. Ele é inteligente, tem um discurso interessante, não é simplesmente àquelas abobrinhas do PSTU e de outros do PSOL. Apesar de em momentos passados eu ter criticado a falta de experiência dele, o problema que enxergo não é esse. É que, se por um milagre, ele ganha essas eleições, o mesmo milagre com certeza não aconteceria no legislativo, pois é entre os vereadores que estão os caciques, que engolem muitos votos. Então, ele não conseguiria administrar Fortaleza com uma oposição na câmara dos vereadores de praticamente 100%. Pensem nisso.

Patricia Saboya (PDT), que segue os passos do ex-marido Ciro, ao desrespeitar o que se chama ideologia partidária. Ela tem tudo para ser uma grande política. Tem articulação, tem contatos, tem amizades importantes, tem pulso firme. Mas foi ela quem perdeu essas eleições. Não soube fazer oposição, ficou entrando em briguinhas que sabia que iria perder, como “quem o Lula está apoiando?”, ia falar de suas propostas, falando que iria continuar tudo da Luizianne, apenas melhorando, então que troca teríamos aí, se ela quer continuar o projeto da Luizianne? Não soube traçar estratégias (isso é tradição no PDT atual...), pois ela sabia que seu primeiro adversário era o Moroni, e não a Luizianne! Enfim, futuramente, podemos até ter Patricia como prefeita, mas não dessa vez.

Quanto ao Moroni, do DEM, vocês me desculpem, devo estar sendo parcial agora, mas não consigo ver ponto positivo nele. Propostas fraquíssimas, deixando muita margem para as não-realizações, atacando ações da atual prefeita que só fez se queimar mais. Hospital da Mulher é uma realização, lembrem-se que, as obras estão no começo, mas antes disso teve batalhas da prefeita. Ele já teve oportunidades como vice-governador, secretário de segurança do estado e deputado federal, em nenhuma dessas ele foi atuante. No seu período como secretário foi quando mais aumentou os casos de pistolagem. Ele já demonstrou ser demagogo, falso moralista, preconceituoso e sensacionalista. Nota mental: o partido dele é considerado ultra-conservador e tem suas origens no partido de apoio da Ditadura Militar (ARENA).

A atual prefeita, Luizianne Lins, do PT, fez um mandato regular, nem muito bom, nem muito ruim. Teve mais força e ousadia que todos os homens que passaram na mesma cadeira que ela; quebrou um sistema antigo de aumento de passagens de ônibus, quem pegava ônibus das antigas se lembra que tinhas uns dois aumentos por ano; aumentaram-se os empregos, enfim, não foi de todo ruim. Mas não foi de todo bom, ela deixou a desejar dois dos três pontos que acho mais importante: saúde e educação (o terceiro seria igualdade social). Não é que ela não tenha investido nessas áreas, mas é que, não acho que tenha sido de forma apropriada. Notas mentais: 1. Hospital da Mulher está de forma normal, não critiquem ela por isso; 2. O carnaval e o Reveillon de Fortaleza apenas tomou um novo rumo, o que antes era marginalizado e esquecido, hoje está organizado, bonito, e incentivando o turismo.

Bem, com tudo isso que eu disse, parece que não tem candidato bom. Nunca terá. O que devemos avaliar, é quais pontos negativos conseguimos suportar.

C. A. Ribeiro Neto

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* Sexta, no CH da UFC, às 19:30, Dourado e os Bonilas tocando!

* Meu voto vai para a Luizianne.

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ESCUTANDO NO MOMENTO: Samba que nem Rita adora - Seu Jorge

Boa Sorte

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Retas Quebradas

Hoje, primeiro dia como www.caribeironeto.blogspot.com!!!!!

E com duas adesões ao Blog's de Quinta:
Gabriela Benigno: http://oeuescancarado.blogspot.com/
Hermes Veras: http://hermestrismegistoss.blogspot.com/

Continuando a série Pequenos Textos, Grandes Recados, em 'Retas Quebradas' trabalho com a desconstrução, onde as mesmas palavras formam histórias diferentes em cada estrofe. Decifrem-nas.

RETAS QUEBRADAS

Retas paralelas
De várias cores.
Muita coisa em cima delas,
Cada qual com seus valores,
À espera de algumas metas
Ou à dores de seus amores.

À espera de amores,
Cada qual da sua cor.
Paralelas a muita coisa,
Retas em cima da dor
Delas, parte várias metas
Algumas sem valor.

C.A. Ribeiro Neto

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* Semana muito, mas muito ocupada mesmo...
* Lu tá em Fortaleza!!!
* Sarau do Grupo Literário APPLE, sexta, 19:30, no CH 3 da UFC!
* Bem vindos os novos nomes do Blog's de Quinta!
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www.aondeeuestavamesmo.blogspot.com
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Sinal Fechado - Paulinho da Viola

Boa Sorte.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Se eu fosse

**ATENÇÃO**
A partir do próximo post (dia 25/09), o nome deste blog irá mudar para www.caribeironeto.blogspot.com.
O motivo é que estou mudando a minha assinatura artistica para C. A. Ribeiro Neto. Porque?
1. O meu Lattes é assim!
2. O nome fica mais sonoro desse jeito. Carlinhos tem muita consoante...
Então, amigos do Blog's de Quinta, no dia 25 de setembro, vocês mudem os links dos blogs de vocês para esse. Aos amigos sem blog, anotem esse novo endereço, para a próxima semana, tá?

Continuando com a série Pequenos Textos, Grandes Recados, 'Se eu fosse' fala de forma simples e até banal, diferentes formas de amar. Já organizei esta séria, ela irá até o final de outubro.

Se eu fosse


Se eu fosse o Fábio Júnior, eu me casaria contigo, mesmo se a gente se divorciasse amanhã.

Se eu fosse o Vinícius de Moraes, eu me casaria contigo, mesmo que nosso amor seja chama e portanto, mortal.

Se eu fosse a Adriana Calcanhoto, eu faria um cd de música infantil, para homenagear um filho nosso.

Se eu fosse o Cazuza, eu te amaria exageradamente.

Se eu fosse o Roberto Carlos, eu te amaria para o resto da minha vida, mesmo se a sua acabasse primeiro que a minha.

Se eu fosse o Tarcísio Meira, eu mostrava para todo mundo a certeza de que nosso amor é único.

Tantos dizem tanto, o tanto que é o amor. O que lhe digo é “eu te amo”.


C. A. Ribeiro Neto

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* Artigo sobre a Constituição de 1824 finalizada com sucesso!
* Chegando o fim das primeiras disciplinas, então a próxima semana também será de corrida.
* Próxima semana a Lu estará em Fortaleza!!!!!!
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www.aondeeuestavamesmo.blogspot.com
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Palhaço - Nelson Cavaquinho "... sei que choras, palhaço, por alguém que não te ama"

Boa Sorte

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Ainda sem título

Continuando com a série 'Pequenos textos, Grandes recados' apresento a segunda poesia de Wallace Lago (pseudônimo meu que já apresentei aqui no blog). 'Ainda sem título' é uma das vezes que Wallace utiliza-se do poder da escrita para se aproximar das mulheres.


AINDA SEM TÍTULO

Chego até você
Por meio deste papelzinho
falando pouco além
Do que está escrito
Sem objetivo algum
Ou não encontrei o motivo

Talvez para lhe dizer
Que seu rosto fino
E seu discreto olhar
Fazem um dueto lindo
E saiba que seu nome
Se encaixa alí em cima
onde fica o título.

Wallace Lago
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* Um parabéns especial a Marcella Cristina que faz aniversário amanhã!
* Escolhi essa poesia agora em homenagem a aniversariante, pois ela gosta do Wallace Lago!
* Nada mais não!
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www.aondeeuestavamesmo.blogspot.com
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Quem é do mar não enjoa - Martinho da Vila
Boa Sorte

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Exatamente Humano

Começo agora uma série intitulada: Pequenos Textos, Grandes Recados. Com uma seleção de textos pequenos, todos de minha autoria. O primeiro texto é o 'Exatamente Humano' um pequeno diálogo que tive quando decidi sair do curso de Matemática.

Exatamente Humano

- Eu sou humano?

- Exato!
- Como assim? O que você quis dizer?
- Você num perguntou se és humano? Eu respondi!

- Mas... você, por acaso, sabe em que sentido eu perguntei?
- Entenda o que você entendeu e pronto, homi!
- Mas... assim eu continuo na dúvida!
- Então minha resposta não foi suficiente! Você sabe porque isso aconteceu?
- Não... você está é me enchendo ainda mais de dúvida!
- Isso aconteceu porque a resposta dessa pergunta só você tem!
- Hum...

E assim, um humano se decidiu.



Carlinhos Guto Ribeiro
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* Eu respondo a pergunta no texto mesmo. Alguém diz onde?
* Amanhã esse blog faz 6 meses de existência!
* Sistema Previdenciário é complicado...
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Sentimental - Los Hermanos "Eu só aceito a condição de ter você só pra mim..."

Boa Sorte

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

10% Móvel

10% móvel é um dos textos mais técnicos meus, e também um dos mais saborosos. À partir do próximo post, apresentarei uma das minhas tradicionais séries: Textos pequenos.

10% Móvel


Sabrina estava abismada. Seu último namoro terminou à sete meses e ela continuava triste e só. Não se sabe ao certo se ela não estava com sorte ou eram consequências do auto-isolamento, mas o fato era que estava carente e não estava fazendo esforço nenhum para reverter o quadro.

Certa vez, ela escutou um amigo dizer que é ótimo o ambiente de aeroportos. Seja na alegria ou na tristeza, das saídas e chegadas; seja na saúde ou na doença, dos passeios ou dos imprevistos. No aeroporto, ou você chora, ou é solidário às lágrimas dos outros.

Sem falar que Sabrina não tem conhecidos com o costume de viajar de avião. Então, seria o lugar prefeito para não encontrar ninguém.

Ela foi ao aeroporto afim de ver pessoas e imaginar suas histórias. Se gostasse, escrevia, se não, olhava para outra pessoa (ela sempre anda com um caderninho).

Chegou, foi à praça de alimentação, pediu um café (desistiu de comer depois que examinou os preços) e começou.

Aquele cara de terno e gravata, falando aperreado ao celular, mas tomando cuidado para não ser escutado... tem cara de vereador que está sendo investigado por corrupção. Conversando com assessores e medindo as palavras devido à quebra de sigilo telefônico... essa história já está trivial, acontece sempre...”.

Continua. “Aquele bebezinho, no colo de sua mãe, recebe o que pode ser o último beijo do pai, que se despede. Quem sabe seus 'dias dos pais' serão tristonhos. Quem sabe a mãe dele se junta com um ótimo padrasto. Qual escrevo? A história boa ou a ruim? Melhor não escrever...”.

Próxima pessoa. “ Aquele rapaz, que parece muito com o Caio, meu ex... do lado daquela mulher, que parece minha ex-sogra e aquela turma, que parece muito com os amigos do meu ex e que, inclusive, estão apontando para mim.

Um dos pontos positivos do aeroporto deu errado. Realmente era o Caio, a ex-sogra (que tentou segura-lo para que não fosse até ela...), e a velha turma. Ele, sozinho, se aproxima de Sabrina e começa a conversa.

- Veio se despedir de mim também?

- Não! Eu vim passear... é... deixa para lá... você está indo para onde? (Ai meu Deus, ele está rindo de mim!)
- Para Espanha. Fazer pós-graduação em Adm. de Agronegócio.
- Legal! Boa sorte!
- Olha, eu já vou! Meu embarque é agora! Tchau.
- Tchau! Boa sorte!

Sabrina estava abismada. Ele se formou, e ela não sabia. Ia viajar, e ela não sabia. E o pior, tinha umas garotas que estava com a turma, que ela não sabia quem eram!

Tomou o último gole do café e começou a chorar. Mais foi tempo chorando soluçadamente até que o garçom lhe trouxe outra xícara de café sem ela pedir. Na hora, ela nem se tocou, bebeu mesmo e junto com a calma, chegou a pergunta. Quem pediu esse café? Sabrina chamou o garçom.

- Desculpe, mas eu não tinha pedido esse café.

- Nós sabemos, Senhorita. Foi cortesia da casa!

- Ah sim! Mas eu faço questão de pagar. Me dê a conta com os dois cafezinhos, por favor!

- Pois não! - Ele pegou um recibo, escreveu “seu telefone” e entregou-na.

- Desculpe, mas eu não entendi.

- É a única coisa que quero pelos cafés!

- Ah não! Está aqui o dinheiro, eu fiz as contas de cabeça. - e entregou o dinheiro.

- Então o telefone pode ser como gorjeta?

Sabrina estava abismada. Pegou o papel e anotou seu número de celular e seu nome. Ele agradeceu e se retirou. Antes que ela fosse embora do aeroporto, ela recebeu uma mensagem que diz assim.

Esqueceu o seu troco, está aqui: - número - Daniel. Espero não ter lhe deixado abismada, mas é que não gostei de lhe conhecer triste e só. Podemos nos conhecer de novo?”

Dispenso final.


Carlinhos Ribeiro

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* Novidade nenhuma não!
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Tiro de Misericórdia - João Bosco

Boa Sorte

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Fauzinha, imcompreendida

No pŕoximo dia 23, aniversaria uma das pessoas mais especiais que conheci esse ano. Fátima, Fau, Imcompreendida, por mim chamada de Fauzinha, uma baiana muito linda; super inteligente; pelo menos para mim, enigmática e, como eu, sonhadora. Parábens, Fauzinha, por mais essa data especial!

Fauzinha, Imcompreendida

Fauzinha, de Fátima.
Pois é menina ávida
E deseja, com ânsia,
Manter sua infância.

Fauzinha, de fada.
Pois ela tem asas
E voa além
Do que a mantém
Presa à vida
Indefinida.

Fauzinha, imcompreendida.
Pois quando se enfrenta
Nem sempre vence.
Chance existente
Nas vidas de quem ama,
Uma estranha chama
Oriunda da falta de ar
Que se tem quando se pode voar.


Carlinhos Ribeiro
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* Dia 22 aniversário da Marli
* Construção do sarau está massa! "Diva vida, eu suplico, divida me em mil vidas, vividas por mil"
* Só
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Quero que vá tudo pro inferno - Erasmo Carlos e Caetano Veloso

Boa Sorte

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O Canoeiro

A viagem a Uruburetama, tão falada nesse blog, rendeu uma poesia, que esta mesma, rendeu uma música, em parceria com Thiago César, conhecido como Cabeça (vide blog ao lado). Uma poesia que fala sobre amor. Só isso.
P.s.: Essa aqui é a poesia, quando trasnformada em música, teve algumas pequenas modificações).

CANOEIRO (poesia)

Ah, se no amor
Fosse só amar.
Ah, se fosse
Simplesmente embarcar
Na maré do sentimento,
Um mar sem tormento
Pra se apreciar.

Mas o mar e o amor
São deveras traiçoeiros.
A marcação da vida
Cria uma espécia de bloqueio.
São diques de contenção,
Impedindo a navegação
Do canoeiro.

Não há nada que
Possamos fazer.
Quanto mais afoito for,
Mais fácil de se perder.
Sem nenhum tipo de regra,
Evitando qualquer sequela,
O importante é sobreviver.

Carlinhos Ribeiro
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* Feriadozimmmmmmmmmm
* Nada demais, não!
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Milhares de Sambas - Ana Carolina

Boa Sorte

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Samba da saudade e do tempo

Continuando e encerrando a série que mostra as poesias inclusas em meu blog, 'Samba da saudade e do tempo' é um samba criado por mim, para marcar a minha despedida oficial do mundo da música, homenageando meus tempos de Fulano Falando e eMeloDia, sem falar das vezes que participei especialmente de shows da banda Dourado e os Bonilas.

Samba da Saudade e do tempo


Saudade é sentimento
Saudade é momento
Passageiro
Sem direção, sem tempo
Saudade é tormento

Saudade é falta
Saudade mata
Agoniza
Nos fere, nos salga
Saudade é água

Saudade é lembrança
Saudade é bamba
Música
Se toca, se dança
Saudade é samba


.Carlinhos Ribeiro.
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* Agora com pc!
* Não tem outra novidade!
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Ainda nada, mas em breve, escutarei!

Boa Sorte

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Tudo para você

Continuando com a apresentação das minhas poesias expostas em meu orkut, 'Tudo para você' fala de elementos de minha vida que, para mim, são únicos.

TUDO PARA VOCÊ
.
Tenho um caminhão no banheiro
Uma pulseira como chaveiro
E para você, o dia inteiro
.
Tenho um celular velho
Um bocado de cesto
E para você, um mistério
.
Tenho um monte de sambas
Uma charmosa pança
E para você, esperança
.
Tenho uma boina suja
Uma casa escura
E para você, muita ternura
.
Carlinhos Ribeiro
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* Voltei de Uruburetama domingo
* Continuo sem pc
* Aulas voltam amanhã
* Nada a mais.
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ESCUTANDO NO MOMENTO: O funcionário da lan house, conversar com uma mulher, via msn (ele não usou fone)

Boa Sorte

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Quero um abraço com muito zelo

Continuando com publicação das poesias que ilustram meu orkut e, ao mesmo tempo, homenageando o dia do amigo, que foi em algum dia da semana passada, posto a poesia "quero um abraço com muito zelo".

Quero um abraço de carinho
De afeto
Um abraço de amigo
Nem que seja incerto

Quero um abraço apertado
De companheiro
Aquele meio de lado
Ou um inteiro

Quero um de saudade
Um de alegria
Quero um de verdade
E com energia

Quero abraços de velhinhos
E de crianças
Pode ser cheio de mimos
Ou numa contra-dança

Mas este abraço tem que ser
Sempre verdadeiro
Enfeitado com muito
Mas muito zelo
De pessoas especiais
Que adoraria revê-los
Espero realizar logo
Esse caprichado desejo

Carlinhos Ribeiro.
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* Tou sem pc, logo estou longe da internet.
* Tou viajando para Uruburetama, logo estou longe da internet.
* As férias estão boas!
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Nada, estou sem pc, se lembram!

Boa Sorte

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Só mais um observador

Começo agora, mais uma série: Poesias que ilustram meu orkut! hehe
4 Poesias que podem ser encontradas em meu orkut e que agora posso falar um pouco delas.

A primeira, é a que se encontra em meu perfil. Só mais um observador é uma poesia-biografia. Fiz em homenagem a mim mesmo e ao meu trato com a escrita. Sirvam-se.


Só mais um observador

Um observador do mundo
Que gosta de tudo
De tudo um pouco
A todo gosto
Com todo gosto
Com todo vigor
Vigiador

Metido a escritor
Escrevendo sobre o amor
Amor pelo imprevisto
Visto que só pensa nisso
Pois olhar pro seu interior
O faz, cada vez mais
Um observador.


Carlinhos Ribeiro

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* Cabeça, ainda estou devendo o texto que me pediu, eu ainda não desisti dela, mas preciso de mais tempo para me acotumar com a idéia.
* Marcella, o texto que me pediu está mais próximo de ser realizado!
* Férias estão filé!
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Um texto meu sobre o que é a vida!
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ESCUTANDO NO MOMMENTO: All Star - Nando Reis

Boa Sorte

quinta-feira, 10 de julho de 2008

De pé em pé por aí

Cabeça pediu para eu não falar de amor, e falar de umas fuleragens. Então vou primeiramente colocar um conto meu, onde conto fatos da minha infância, mas com um final diferente do meu.

De Pé em Pé por Aí


Não tenho do que me queixar quanto a minha infância. Apesar de sempre ter morado numa cidade grande, tive meus momentos de criança bem vividos.

Tá certo que meu bairro – Messejana – lembra cidade de interior, mas a urbanização era bem presente em minha vida. Shoppings, cinemas, pizzarias, parques etc. (minha mãe conhece bem Fortaleza). Por isso, praticamente vivi num meio termo entre o urbano e o rural.

Nasci na segunda metade dos anos 80 e o Brasil já tinha passado por poucas e boas. No entanto, fui criado num misto de conservadorismo (em sua maioria) e de um pouco reflexo de democracia que nascia no país.

Estudar era obrigatório, mas depois da tarefa de casa... entrava em ação as brincadeiras. Se o sol ainda estava muito quente, era em casa, com meu irmão, se passava das três e meia da tarde (naquele tempo, nesse horário já estava bom), era na rua.

Em casa, o que prevalecia era os jogos que faziam pensar. Lego e Playmobil, principalmente. Nunca tive um boneco dos Comandos em Ação, armas de brinquedo, só quando era presente de alguém que não conhecia a filosofia de minha mãe.

Na rua, o negócio era correr mesmo. Futebol, carimba, bandeirante, esconde-esconde, pega-pega, joão-ajuda etc. Mas tinha uma brincadeira curiosa que fazíamos parar de correr: A escolha do líder da rua. Sempre eu e meu irmão se candidatávamos e eu sempre vencia.

Vídeo game e tive, mas não me viciei. Era um Master Sister, com Sonic na memória, uma fita dum jugo de luta (eu não gostava desse) e uma fita de tênis (do tempo em que o André Agassi era magro e cabeludo).

Só tenho uma coisa à reclamar da minha infância... vejo em vários textos nostálgicos, a graça que era roubar fruta do pé do vizinho.

Entendam meu problema. A fruta que eu mais gosto é abacaxi. Onde é que vou encontrar um pé de abacaxi dando sopa na casa de alguém? E se por um acaso eu encontrasse, como eu comeria uma fruta dessas? Com sua coroa e casca espinhentas, seria difícil... eu teria, então, que andar com uma faca (!!!) para o caso de um dia, quem sabe, talvez, se eu tivesse coragem de pegar um abacaxi, se casualmente eu encontrasse um pé por aí!

Saindo da fruta que eu mais gosto... o povo aqui não tem o costume de ter árvores frutíferas em casa. O que mais aparecia era jambu. Teve um tempo que tinha sete pés dessa fruta na minha rua. O negócio é que, coincidentemente, o jambu mais doce, com mais polpa e em maior quantidade dava lá em casa. Qual é a graça de roubar fruta da sua própria casa? Até porque não seria roubo pegar algo que já é seu!

Tudo bem! Acho que não fiquei traumatizado, acho. Agora que sou carteiro, aproveito minhas andanças para procurar a relação muro baixo – pé de abacaxi, e sempre com uma faca na bolsa. Nunca se sabe o que há de se encontrar por aí!


.Carlinhos Ribeiro.


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* Férias, doce férias!

* Lendo Manifesto Comunista de Marx.

* Férias doce férias!

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Um texto meu sobre a vida!

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ESCUTANDO NO MOMENTO: Disritmia - Martinho da Vila

Boa Sorte