A dança da alegria

A dança da alegria - CA Ribeiro Neto

quinta-feira, 10 de julho de 2008

De pé em pé por aí

Cabeça pediu para eu não falar de amor, e falar de umas fuleragens. Então vou primeiramente colocar um conto meu, onde conto fatos da minha infância, mas com um final diferente do meu.

De Pé em Pé por Aí


Não tenho do que me queixar quanto a minha infância. Apesar de sempre ter morado numa cidade grande, tive meus momentos de criança bem vividos.

Tá certo que meu bairro – Messejana – lembra cidade de interior, mas a urbanização era bem presente em minha vida. Shoppings, cinemas, pizzarias, parques etc. (minha mãe conhece bem Fortaleza). Por isso, praticamente vivi num meio termo entre o urbano e o rural.

Nasci na segunda metade dos anos 80 e o Brasil já tinha passado por poucas e boas. No entanto, fui criado num misto de conservadorismo (em sua maioria) e de um pouco reflexo de democracia que nascia no país.

Estudar era obrigatório, mas depois da tarefa de casa... entrava em ação as brincadeiras. Se o sol ainda estava muito quente, era em casa, com meu irmão, se passava das três e meia da tarde (naquele tempo, nesse horário já estava bom), era na rua.

Em casa, o que prevalecia era os jogos que faziam pensar. Lego e Playmobil, principalmente. Nunca tive um boneco dos Comandos em Ação, armas de brinquedo, só quando era presente de alguém que não conhecia a filosofia de minha mãe.

Na rua, o negócio era correr mesmo. Futebol, carimba, bandeirante, esconde-esconde, pega-pega, joão-ajuda etc. Mas tinha uma brincadeira curiosa que fazíamos parar de correr: A escolha do líder da rua. Sempre eu e meu irmão se candidatávamos e eu sempre vencia.

Vídeo game e tive, mas não me viciei. Era um Master Sister, com Sonic na memória, uma fita dum jugo de luta (eu não gostava desse) e uma fita de tênis (do tempo em que o André Agassi era magro e cabeludo).

Só tenho uma coisa à reclamar da minha infância... vejo em vários textos nostálgicos, a graça que era roubar fruta do pé do vizinho.

Entendam meu problema. A fruta que eu mais gosto é abacaxi. Onde é que vou encontrar um pé de abacaxi dando sopa na casa de alguém? E se por um acaso eu encontrasse, como eu comeria uma fruta dessas? Com sua coroa e casca espinhentas, seria difícil... eu teria, então, que andar com uma faca (!!!) para o caso de um dia, quem sabe, talvez, se eu tivesse coragem de pegar um abacaxi, se casualmente eu encontrasse um pé por aí!

Saindo da fruta que eu mais gosto... o povo aqui não tem o costume de ter árvores frutíferas em casa. O que mais aparecia era jambu. Teve um tempo que tinha sete pés dessa fruta na minha rua. O negócio é que, coincidentemente, o jambu mais doce, com mais polpa e em maior quantidade dava lá em casa. Qual é a graça de roubar fruta da sua própria casa? Até porque não seria roubo pegar algo que já é seu!

Tudo bem! Acho que não fiquei traumatizado, acho. Agora que sou carteiro, aproveito minhas andanças para procurar a relação muro baixo – pé de abacaxi, e sempre com uma faca na bolsa. Nunca se sabe o que há de se encontrar por aí!


.Carlinhos Ribeiro.


-----------------------------------------

* Férias, doce férias!

* Lendo Manifesto Comunista de Marx.

* Férias doce férias!

----------------------------------------

www.aondeeuestavamesmo.blogspot.com

Um texto meu sobre a vida!

----------------------------------------

ESCUTANDO NO MOMENTO: Disritmia - Martinho da Vila

Boa Sorte



4 comentários:

Anônimo disse...

inda bem que vc n anda com faca na bolsa..
=p
eu n queria roubar fruta do peh do vizinho..provavelmente eu bisoiava o vizinho...
XD
huehueheuhueuue
(brincando..) eu keria saber era de pega pega...
futebol..
baskete..

Thiago César disse...

eh o bom, eu tb tinha um master sistem com sonic na memoria!
:P

mash, essas tuas fulerages ae ainda tão muito fulerages! hehe!

escreve algo mais fela da gaita, vah lah! uhauhauha!

Anônimo disse...

nem me fale de infância!

A minha também foi muito boa! muito boa mesmo! brincava de polícia-pega-ladrão, homem-pega-mulher e mulher-pega-homem (minhas preferidas), sete pecados, garrafão, joão-atrepa, joão-cola (americano ou não), pula-corda, etc etc etc...

Tempo bom!!!!

Lendo Marx mah?! Aí dento! comunismo é o meu %&¨*$# (brincadeira mah!)

bjunda

Anônimo disse...

Oi, aceitei o convite que deixaste no blog da Fau e vim te conhecer. Já li os posts e ri muito do abacaxi. Minha infância foi de muitas brincadeiras e muita fruta emprestada da casa da vizinhança (todos amigos). Mas, um dia acharam de emprestar jaca, esta façanha não prestou, nem um pouco, sempre se tem uns primos mais velhos com idéias e um dono da fruta com espingarda de chumbinho. Gostei muito das poesias, alias poesias são umas das minhas paixões, para saber de mais algumas faço aqui o convite para me visitar http://vilma.souza.zip.net.
Ah a Fau é uma grande amiga, sempre conversamos pelo MSN. Beijos e uma ótima semana de muita luz, paz e amor no coração