A dança da alegria

A dança da alegria - CA Ribeiro Neto

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A liga da fraternidade

Começo agora mais uma série com textos um pouco diferente dos que costumo fazer. A série 'Experimentar' será iniciada com o conto 'Liga da fraternidade', que faz parte de um livro iniciado e logo enterrado que se chamaria 'Vila da Fraternidade'. Esse livro contaria a história de um senhor formado em psicologia, mas que não seguiu a carreira pelo desejo de se tornar padeiro. Assim, fez sua padaria na vila da fraternidade e passou a escrever sobre o que acontecia em tal lugar. Por isso há muitas personagens sem função nesse conto, pois elas deveriam aparecer em outros que não foram escritas!


A Liga da Fraternidade




Era tarde de sábado, por volta das 5 horas da tarde, Dona Alzira, Dona Guilhermina, e Dona Marta conversam na calçada, tio Ângelo, Seu Sebastião e uns primos distantes dele jogam dominó, um pessoal fica no meio da praça, conversando e bebendo cerveja, quando subitamente, aparece aqueles seis garotos: Hugo, Firmino, Rafael, Luiz, Júnior e César, pela ordem dita também cresce a idade, 10, 10, 9, 8, 7 e 6. Todos eles cresceram juntos, sempre brincando todo final de semana.

Nesse dia a brincadeira deles era a que eu mais gosto de ver, a da Liga da Fraternidade, inspiração do Firmino, líder do grupo, em homenagem ao local onde moram, onde batalham e que também é o único lugar que eles conhecem direito. Cada um deles assume uma identidade secreta e vão combater o mal. Sempre colocam umas meias nos braços, um pano de prato no pescoço e até uma fita, feita do resto de calça quando transformada em bermuda, pelas mães dos garotos, é colocada na cabeça.

Então começa a grande batalha contra o incrível Homem invisível e seus comparsas. É uma luta difícil, os vilões são muito poderosos. César, não entende porque sempre ele tem que ser salvo por alguém do grupo e reclama muito quando um deles entra na sua frente, recebendo o soco do “Homem Invisível” e acaba levando o golpe. Ele reclama, mas chega outro e diz que não podemos perder a união brigando assim e fizeram isso por que não podemos lutar contra o vilão sem ele.

Júnior resolveu fazer a cena melodramática da luta. Deu um grito e falou: “Oh não! Ele me acertou!” e caiu no chão. Logo Hugo, César e Luiz fizeram a cobertura, enquanto Firmino e Rafael, foram prestar socorro ao amigo caído no chão. Depois de um tempo, eles se reúnem para realizar o plano secreto.

O plano era utilizar o César de isca. Colocaram ele no meio do praça e os outros ficaram ao redor, escondidos nas plantas. Assim, quando o Senhor da Invisibilidade foi pegar Césinha, todos o cercaram e foram socos e pontapés que não acabavam mais!

A luta continua noite a dentro, até que a mãe de Rafael chama-o pra tomar banho e jantar. Os outros continuam a luta, mas sem motivação, um precisa do outro pra vencer o inimigo. Até que param de lutar, sentam na calçada, e analisam como foi à batalha, ficam se gabando dos golpes surpreendentes que quase matavam o Homem Invisível.

Hugo diz: “Aquele super murro que eu dei nele, quase destruí ele!”.

“Que nada, se eu não tivesse segurado a perna dele, tu nem tinha acertado ele!” diz o Pequeno Césinha.

Assim, eles foram se despedindo e cada um deles foi para suas devidas casas. Os últimos, Luiz e Hugo, se despediram:

“Na próxima vez nós o pegaremos, temos que fazer outro plano!”

Então todos foram embora e deixaram o pobre do Homem Invisível se resguardando e esperando o próximo final de semana, quando a luta recomeçará.

E todos os seis meninos passavam a semana toda pensando em um plano infalível para destruir logo esse monstro que inferniza nossa vila!

CA Ribeiro Neto
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* A inauguração da Livraria Cultura foi um sucesso!
* Quinteiros, agora sim a minha rotina ficará correta e voltarei a comentar no blog de vocês!
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Nada

LENDO NO MOMENTO: 21 contos inéditos - Carlos Lacerda - Pg. 179

Boa sorte!

3 comentários:

Thiago César disse...

esse texto q tu disse q eu ia gostar?
pensei q tinha a ver com forró de interior...
=P

Freddy Costa disse...

Não li o texto
Nem sei do contexto
Mas entre psicologia
E padaria,
Adivinha qual escolheria?

Kkkkkkkkkkkkkkkk


Só pra descontrair o ambiente, leio o texto mais tarde, aliás, todos os textos de todos os outros blog's que deixei de ler.

Abraço, seu safadinho!!!

Pedro Gurgel disse...

Eu acho que já li esse texto em algum lugar...


Ah! foi quando invadimos o QG dos invisíveis...