III
A aula de Marta acabou às 12 horas, ela passou na lanchonete em frente a faculdade, comprou um suco industrialmente fabricado e foi para a praça onde o encontro foi marcado, que fica na próxima esquina.
Quando ela chega lá, percebe que a praça é grande demais para servir como único ponto de referência, e que eles deviam ter marcado um lugar mais específico, mas ela resolve se sentar no único banco com sombra que havia na praça.
Chega o horário de almoço de Mário e ele corre para o canto marcado. No caminho, percebe que não sabe quem ela é, não olhou o rosto dela, não se lembra da roupa que ela usava, então, quando chegou na praça, foi para um orelhão que estava do lado de um banco, o único que estava na sombra.
O celular do cara começa a tocar, mas Marta não precisa nem atender, reconheceu-o no orelhão e chamou-o para o banco:
- Moço! Quer atender seu próprio celular?
(Risos de ambas as partes)Mário se senta ao lado da moça e se apresenta:
- Muito obrigado por guardar meu celular! Meu nome é Mário...
- O meu é Marta! Muito prazer – falou ela, meio que interrompendo o que ele falava, com um certo nervosismo. Marta era assim mesmo, se agoniava quando estava apreensiva – Essa vida está uma correria só, né?
- É verdade. A sociedade atualmente está nos engolindo com esse excesso de compromissos de horários marcados. Tudo isso aconteceu porque eu tava tentando descontar o sono que eu não deixei na cama. Estudar e trabalhar não é fácil, mas se meu sonho exige isso, por mim, tudo bem.
- Que bonito, qual o seu sonho?
- Me formar em Direito, servir minha profissão e também tenho planos políticos.
- Que massa! Eu faço Ciências Sociais aqui nessa faculdade. A política também está em meus planos!
- Eu adoraria conversar sobre isso, mas tenho que voltar pro meu trabalho. Quando você quer pela devolução do celular?
- Nada! O que estou fazendo é uma gentileza!
- Ops! Então me desculpe, você sabe como está o mundo hoje! E obrigado pela generosidade!
- Por nada! A gente se encontra por aí! Tchau!
- Tchau!C. A. Ribeiro Neto
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* Férias, doce férias!
* Novas aquisições literárias: Dona Flor e Seus Dois Maridos, Estorvo, Benjamim e Triste Fim de Policarpo Quaresma.
* Só.
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Escutando no momento: Zé Ferreira, Trepa no coqueiro - Martinho da Vila
Boa Sorte
6 comentários:
...
Apesar do texto realmente ter me gerado certa curiosidade para saber como o destino deles vai se cruzar novamente, essa curiosidade é mais gerada por conhecimento prévio dos outros textos, suponho.
Acho que faltou algo nesse texto, não sei bem o que.
Gostei mais do primeiro ate agora.
Quanto a ser mitologia... pode ter seu ônus, mas acho realmente muito arriscado.
beijos
pronto, comentei!
O desenrolar da história está bom!no cotidiano é assim mesmo, muitas pessoas são desconfiadas e quando não se conhecem direito, há uma frieza entre elas!
Ainda tem muito pela frente!
Texto está corrido, mas faz parte do estilo dos outros também.
Vamos ver o que acontece.
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