A dança da alegria

A dança da alegria - CA Ribeiro Neto

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Estrelas justapostas

Última poesia que escrevi, numa noite de vitória do vozão e bom papo com amigos.

Estrelas justapostas


Desculpem-me quem for conservador,
para quem for constrangedor,
por não ser defensor das juras de amor
ao céu do interior.

Se o seu céu é azulado,
mais estrelado,
não me desagrado ao admirá-lo.

Mas não diminuam meu céu urbano,
que é lindamente mais negro,
meio roxeando.
Nossas nuvens são véus,
que não deixam ao léu
nossos troféus:
A lua e as estrelas, que,
não se oponham, também são nossas
e que, combinadas
com as luzes justapostas,
tornam os postes,
as janelas dos apartamentos
em estrelas caídas -
loucas para realizarem desejos.

CA Ribeiro Neto

--x---X---x--

 ESCUTANDO NO MOMENTO: Hoje - Dalva de Oliveira
LENDO NO MOMENTO: As Religiões no Rio - João do Rio - pg. 210 // A condessa sangrenta - Alejandra Pizarnik - pg. 13

Boa Sorte || ApontArte

3 comentários:

A moça da flor disse...

tá bom "Carlos". hehe
sempre acho que tu tá brigando comigo quando me chama de "Dalila". É tão estranho quanto eu te chamar de Carlos ;p

lucas lima disse...

é a urbanidade é a única profecia verdadeira

Thiago César disse...

sou conservador e defensor das juras de amor ao céu do interior nao hein! hahai!