A dança da alegria

A dança da alegria - CA Ribeiro Neto

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Do Desenho Urbano à Sombra das Árvores 1/11

Começa-se hoje o conto 'Do Desenho Urbano a Sombra das Árvores', um conto dividido em 11 capítulos. Ele envolve tudo que mais gosto de escrever: romance, comédia e política. Eu já tinha postado-o no meu antigo blog, então, quem me acompanhava desde aquele tempo, terá o prazer de revisá-lo e quem não conheceu, poderá agora!

Do desenho urbano à sombra das árvores


I

Mário, nos seus bem objetivos 30 anos, estava num ônibus, indo de casa para o trabalho, quase dormindo, atrapalhado pelas batidas da cabeça no vidro da janela. O cansaço tomava conta do seu corpo, afinal, trabalhar e estudar era complicado. Sua vida sempre foi sofrida e humilde, mas seus sonhos de um mundo melhor não deixavam ele desistir.

Marta, nas suas belas 23-27 primaveras, ia para a faculdade de ônibus porque seu carro estava na oficina. Ela estava no banco do corredor, ao lado de um cara que tentava dormir, olhou para ele e pensou: “Esse povo que senta na janela para dormir e não olha lá pra fora... aí atrapalha quem quer ver.

Sua incompreensão se deve, talvez, por ela não conhecer o que se passa com aquele rapaz. Sempre teve tudo que queria, pais ricos e sempre por perto. Marta tinha tudo pra ser uma daquelas meninas mimadas, mas não era, se preocupava com o mundo ao seu redor, mesmo parecendo não fazer parte dele. Lia tudo que encontrava sobre política e economia, e tinha suas posições sobre tudo bem formadas.

O celular de Mário vibra, está no modo silencioso, então a moça que está ao seu lado sente também a vibração do aparelho.

Marta, percebendo que o rapaz não acordara, chama-o, avisando que alguém estava ligando-lhe.

Mário acorda meio zonzo, tira o celular do bolso, mas antes de atender, o ônibus dá uma freada brusca, que faz o celular cair no chão. Só agora Mário acordou completamente, ele olha pela janela e grita:

- Pera, Motorista, já passou da minha parada!

E ele sai correndo desembestado e ainda tonto, tentando descer.

Marta iria enfim sentar-se na janela para olhar o desenho urbano, quando percebeu o celular daquele cara no chão. Pegou e guardou sem saber como devolver.


C. A. Ribeiro Neto
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* Sem tempo pra outras coisas
* Doces férias chegando!
* Sinto o APPLE ressurgir!
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ESCUTANDO NO MOMENTO: Magrelinha - Luiz Melodia
Boa Sorte

7 comentários:

Anônimo disse...

uia..
marta foi esperta....
quero terminar de ler isso ae heim!!!
parabens!!
gostei do primeiro capitulo!!!
\o/
gostei mesmo!!!!

Thiago César disse...

ufa, jah tinha lido!

Hermes disse...

Não gosto da Marta.
Me lembra alguma políica muito ruim. kkk
E ela é uma playboy.
VAI LÁ, MÁRIO, COME ELA, UHUUU.

Anônimo disse...

Que desatento e sonolento, parece até uma pessoa que eu conheço (eu). ASGYESASGY
Pelo menos uma vez na vida político pode ser honesto, ela tentou entregar pro moço de volta 8D

Paulo Henrique Passos disse...

Bem urbano, como tu já disse que são teus textos. Mas o título sugere mudanças...

Bem coloquial também. Lendo, parece um texto que fluiu mais que naturalmente, quase até sem procupação (aparentemente). Se isso também for técnica, cara...

Do teu comentário, escrever em papel, pelo menos pra mim, é muito mais livre

E sobre a Bienal, tu falou que tava pensando em o grupo ir um dia. Quando mais ou menos?

Marcella disse...

Já tinha experimentado variar os pontos de vista em contos diferentes, vamos ver como vai ficar variando no mesmo conto.
;)

Anônimo disse...

Tem um bom começo o conto, tem cara de que vai ter humor, romance!!
Aguardarei os próximos capítulos anciosa...